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domingo, 17 de julho de 2011

DEMOCRATIZAÇÃO JÁ!

No ultimo dia 27/04/2011, os academicos do curso de Pedagogia realizaram no pátio da Fecilcam uma manifestação, reivindicando que sua voz fosse ouvida no que diz respeito ao assunto : Estágios.
Essa mobilização foi promovida pelo Centro Academico do Curso, juntamente com o Diretório Central dos Estudantes.
O site Tribuna do Interior publicou uma nota acerca da manifestação:


"Ontem o dia foi de grande movimentação para os alunos dos cursos de licenciatura UEPR/Fecilcam. Pela manhã os acadêmicos de pedagogia já estavam chamando os estudantes a aderir à paralisação pela descentralização dos estágios obrigatórios. Com isso, o objetivo era expor o problema dos estudantes da região que precisam ficar o dia todo na cidade, criando gastos com alimentação e transporte, além de impossibilitar que mantenham um emprego no contraturno. A proposta que já havia recebido parecer favorável dos professores foi vetada na última reunião do conselho diretor da instituição, ela recebeu nove votos contrários, duas abstenções e dois favoráveis.

Gritando palavras de ordem os estudantes de pedagogia andaram pelas salas da instituição carregando faixas e pedindo que todos se unissem pela causa. Durante o período noturno, a paralisação ganhou a adesão dos demais cursos de licenciatura, como matemática, geografia, letras e história. Segundo a presidente do Centro Acadêmico do curso, Isabel Cristina Santos, aluna do quarto ano, o problema é maior para os estudantes de pedagogia. “O nosso departamento sofre mais com isso porque tem estágios desde o primeiro ano, os demais são no terceiro ano. Ao todo o curso de pedagogia tem 800 horas de estágio”, comenta.

Em nota oficial encaminhada a imprensa, os acadêmicos colocaram o problema como uma questão humana. “Muitos acadêmicos, que moram na região tem que optar, muitas vezes, por manter sua subsistência ou continuar no curso superior. Assim os alunos entenderam como necessário a união de todos os cursos, para manifestar e pressionar os órgãos deliberativos.”

Segundo Isabel, o custo do deslocamento e alimentação é muito elevado. “Os alunos nem sempre tem condições de arcar com essas despesas. Por isso é que estamos nos mobilizando”, diz. A coordenadora da comissão de ingresso e permanência da instituição, Áurea Andrade Viana de Andrade, lembrou que é preciso pensar na realidade em que a UEPR está inserida. “Campo Mourão é a 2ª região mais pobre do Paraná e se queremos aumentar o número de alunos que iniciam a graduação e concluem o curso temos de começar a discutir essa questão. Pensar em políticas de permanência do estudante”, afirma.

Por outro lado, Áurea lembra que a instituição depende de verbas do governo para acatar novos gastos. “Nossa estrutura não consegue liberar mais recurso. Todo esse trabalho de acompanhamento fora tem um custo para a instituição. Assim como eles precisam gastar com combustível e alimentação, os nossos professores também. Isso provavelmente foi o que mais pesou na decisão do conselho de não liberar os estágios nas cidades da região”, pondera.

Paulo Cesar Nogueira mora em Peabiru, onde tem casa e trabalho. Todos os dias ele se desloca até Campo Mourão durante a noite para cursar o primeiro ano de pedagogia. Caso a política de exigir que os estágios sejam feitos aqui na cidade se mantenha, ele terá de deixar o emprego. “Para a pessoa que trabalha como eu fica difícil, deixar a casa e o seu sustento assim. Sem contar toda a discussão de uma educação de qualidade. Como o aluno vai ter qualidade no ensino depois de passar o dia aqui e estiver cansada. O rendimento cai com certeza”, relata.

Isabel comentou que o manisfesto não era para impor a vontade dos alunos. “O nosso objetivo hoje [ontem] foi chamar a atenção para o nosso problema, motivar a discussão sobre essa decisão proibitiva que faz com que muitos estudantes deixem de ter uma graduação.”

A professora ainda acredita que a qualidade dessa descentralização não pode ser deixada de lado na discussão. “Penso que é preciso discutir como será, não é simplesmente liberar.” O ‘puxão de orelha’ também foi dirigido aos políticos. “Temos de ver sempre os dois lados da moeda. Precisamos levar essa discussão também para os nossos representantes. Eles precisam ver a necessidade de mais recursos para a instituição que visa incluir e manter o perfil que corresponde aos alunos da UEPR”, reforça Áurea.

Publicado em: 27/04/2011 - 12:36 | Atualizado em: 17/07/2011 - 08:49

http://itribuna.com.br/educacao/noticias/4527/

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