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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO – INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E JUSTIÇA SOCIAL NOS ANOS LULA

ARTIGO

EDUCAÇÃO – INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E JUSTIÇA SOCIAL NOS ANOS LULA


*Enio Verri


Duas pesquisas sobre os avanços da educação no Brasil, divulgadas com discrição pela grande imprensa nestas primeiras semanas de janeiro, merecem maior análise. Elas revelam com nitidez que o País está trilhando o caminho apropriado em direção ao desenvolvimento social e econômico.

O primeiro estudo foi realizado pela Data Popular, consultoria paulistana que observa os hábitos da classe média, e divulgada no portal de notícias R7. Tomando como base dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Data Popular descobriu que, atualmente, quase 70% dos jovens de famílias emergentes, a chamada classe C, têm nível escolar mais alto que os familiares.

Em decorrência do avanço escolar destes jovens, está havendo uma alteração no tipo de trabalho realizado pelas famílias de baixa renda. Enquanto os adultos, com idade entre 45 e 65 anos, exercem funções que não exigem aptidões específicas, os jovens, entre 18 e 25 anos, ocupam posições que exigem conhecimento técnico e intelectual.

De acordo com o estudo, as cinco profissões mais comuns dos adultos da classe C são: domésticas, vendedores, trabalhadores da construção civil, cozinheiros e zeladores. Já o ranking das atividades dos jovens é diferente: vendedores de lojas, auxiliares administrativos, operadores de telemarketing, caixas e recepcionistas.

Fica evidenciado que a ascensão social acontece a partir da freqüência escolar. É este fenômeno que grande parte da população está experimentando neste momento da história.

O segundo estudo foi feito pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão do governo federal que tem o objetivo de expandir e consolidar a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). A pesquisa, divulgada pela Agência Brasil, mostrou que o número de mestres e doutores titulados no Brasil dobrou nos últimos dez anos.

De acordo com a Capes, 12 mil estudantes receberam o título de doutor e 41 mil o de mestre, totalizando 53 mil graduados em 2010. Este número contrasta o de 2001, quando foram formados, no total, 26 mil mestres e doutores.

A explosão no número de pós-graduados veio acompanhada do aumento das oportunidades de cursos e de bolsas de estudo. Em 2001, o Brasil tinha 1,5 mil cursos de pós-graduação, hoje são 2,7 mil. No mesmo período, o número de bolsas de estudos concedidas pela Capes e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) saltou de 80 mil para 160 mil.

O aumento da titulação dos pesquisadores brasileiros e a crescente diferença de instrução entre pais e filhos da classe C são reflexos das inúmeras políticas do governo Lula para a área da educação. Ainda que tímidos, se comparados ao generoso universo de demandas da população brasileira, os números merecem ser comemorados. Tenho convicção de que a presidente Dilma Rousseff irá aprofundar estas transformações, multiplicando os esforços públicos a favor da educação, em todos os níveis, dando mais um importante passo para alcançarmos o objetivo de fazer do Brasil um país de oportunidades para todos.

*Enio Verri é Economista, Deputado Estadual, presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná e professor licenciado da Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Créditos: Anderson Marcondes

Postado por: Mônica Capoal

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